REFERÊNCIA HISTÓRICA
A Confraria do Senhor dos Passos, da Cidade de Valongo, foi instituída no Ano de 1710.
Foi seu instituidor João Vieira de Mesquita, homem abastado, natural de Fânzeres.
Este, marido extremamente ciumento, duvidava da fidelidade de sua mulher, e um dia, em que o seu doentio ciúme atingiu o auge, apoderou-se dela e levou-a para uma propriedade que possuía no lugar do Moinho do Ouro, em Valongo.
A viagem foi dramática e penosa, pois o marido desvairado fez sua desditosa mulher, senhora de condição, percorrer a longa distância entre Fânzeres e Valongo, através de montes e vales, descalça e sob os mais humilhantes enxovalhos.
Rodaram os anos, e a verdade desnudou-se: o marido ciumento veio a certificar-se de que havia cometido uma tremenda injustiça, pois sua mulher sempre havia sido esposa exemplar.
Então, torturado pelo remorso, o marido arrependido decidiu, para desagravo do seu erro, instituir uma confraria que recordasse à posteridade os passos dolorosos da sua desventurada mulher.
E assim nasceu a Confraria do Senhor dos Passos, também conhecida pela designação de Confraria dos Santos Passos.
Esta Confraria tem Capela privativa, que fica situada ao lado da Igreja Matriz de Valongo. Nessa Capela está sepultado o seu instituidor. Uma pedra, com uma inscrição, cobre a sua sepultura, aberta no meio do pavimento.
Esta Capela tem um altar com três Santuários com as imagens da Senhora da Soledade, Senhor dos Passos e Senhor "Ecce Homo", respectivamente à esquerda, ao centro e à direita.
Os três Santuários são encimados por um "Calvário" que outrora era composto por sete figuras em tamanho natural. Presentemente nele estão colocadas outras imagens provenientes de "passos", que tendo sido edificados pela piedade dos homens foram depois demolidos pelo camartelo do... progresso.
Graças ao bairrismo do Povo de Valongo e à generosidade de algumas Famílias ilustres da Cidade, entre as quais é dever destacar a Família Alves Saldanha, a Confraria do Senhor dos Passos foi sucessivamente enriquecida com valiosas alfaias, que pela sua riqueza e valor artístico podem, sem qualquer exagero de bairrismo, considerar-se como das melhores, no género, do País.
Entre essas alfaias destacam-se: a túnica do Senhor dos Passos, que é de veludo roxo, bordado a ouro; o vestido e o manto da Senhora da Soledade, que são de finíssima seda, também bordados a ouro; o pálio, feito de gorgorão roxo belamente bordado a ouro e prata.
Este último é uma peça de valor inestimável que, só por si, constitui legítimo orgulho para a Cidade de Valongo. Foi ofertado à Confraria, em 1905, pelo falecido e ilustre Valonguense João Alves Saldanha.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
domingo, 10 de abril de 2011
Concerto de Ramos na Igreja Matriz de Valongo
V Domingo da Quaresma - Lázaros
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Andor de Nª SRª da Soledade Grupo Coral - Canto do Miserere
sexta-feira, 1 de abril de 2011
segunda-feira, 28 de março de 2011
Procissões realizam-se no próximo fim-de-semana
domingo, 27 de março de 2011
III Domingo da Quaresma
segunda-feira, 21 de março de 2011
domingo, 20 de março de 2011
II Domingo da Quaresma
Deus de infinita bondade, que nos mandais ouvir o vosso amado Filho, fortalecei-nos com o alimento interior da vossa palavra, de modo que, purificado o nosso olhar espiritual, possamos alegrar-nos um dia na visão da vossa glória.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«O seu rosto ficou resplandecente como o sol»
A Transfiguração é a revelação antecipada de Cristo glorioso, como a sua Ressurreição, no fim da Quaresma, O há-de manifestar. Em Cristo transfigurado se antevê, desde já, a vida e a imortalidade a que somos chamados, reconhecemos a glória do Filho de Deus que se há-de revelar em nós próprios e tomamos coragem para subirmos, ao longo da Quaresma, até à transfiguração pascal, que Deus dará a quem escutar e seguir o seu Filho.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e levou-os, em particular, a um alto monte e transfigurou-Se diante deles: o seu rosto ficou resplandecente como o sol e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. E apareceram Moisés e Elias a falar com Ele. Pedro disse a Jesus: «Senhor, como é bom estarmos aqui! Se quiseres, farei aqui três tendas: uma para Ti, outra para Moisés e outra para Elias». Ainda ele falava, quando uma nuvem luminosa os cobriu com a sua sombra e da nuvem uma voz dizia: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus toda a minha complacência. Escutai-O». Ao ouvirem estas palavras, os discípulos caíram de rosto por terra e assustaram-se muito. Então Jesus aproximou-Se e, tocando-os, disse: «Levantai-vos e não temais». Erguendo os olhos, eles não viram mais ninguém, senão Jesus. Ao descerem do monte, Jesus deu-lhes esta ordem: «Não conteis a ninguém esta visão, até o Filho do homem ressuscitar dos mortos».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Esta oblação, Senhor, lave os nossos pecados e santifique o corpo e o espírito dos vossos fiéis, para celebrarmos dignamente as festas pascais.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 17, 5
Este é o meu Filho muito amado, no qual pus as minhas complacências. Escutai-O.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Alimentados nestes gloriosos mistérios, nós Vos damos graças, Senhor, porque, vivendo ainda na terra, nos fazeis participantes dos bens do Céu.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
sábado, 19 de março de 2011
S.JOSÉ | 19 de Março
Nos desígnios de Deus, José foi o homem escolhido para ser o pai adoptivo de Jesus. É no seio da sua família modestíssima que se realiza, com efeito, o Ministério da Incarnação do Verbo. Intimamente unido à Virgem-Mãe e ao Salvador, José situa-se num plano muito superior ao dos mais profundos místicos: amando Jesus, amava o Seu Deus; toda a ternura respeitosa, com que envolvia Maria, dirigia-se à Imaculada Mãe de Deus.
Figura perfeita do «justo» do Antigo Testamento, homem de uma fé a toda a prova, no cumprimento da sua missão, mostrará sempre uma disponibilidade total, mesmo nos acontecimentos mais desconcertantes.
Protector providencial de Cristo, continua a sê-lo do Seu Corpo Místico. O exemplo da sua vida é sempre actual para todos quantos querem situar a sua vida na âmbito dos desígnios de salvação do Senhor.
Deus todo-poderoso, que na aurora dos novos tempos confiastes a São José
a guarda dos mistérios da salvação dos homens, concedei à vossa Igreja, por sua intercessão,
a graça de os conservar fielmente e de os realizar até à sua plenitude.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
EVANGELHO Mt 1, 16.18-21.24a
«José fez como lhe ordenara o Anjo do Senhor»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo. O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo:
Maria, sua Mãe, noiva de José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo. Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la,
resolveu repudiá-la em segredo. Tinha ele assim pensado, quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor, que lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados». Quando despertou do sono, José fez como lhe ordenara o Anjo do Senhor.
Palavra da salvação.
Concedei-nos, Senhor, a graça de servir ao vosso altar de coração puro, imitando a dedicação e fidelidade com que São José serviu o vosso Filho Unigénito, nascido da Virgem Maria.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que na solenidade de São José alimentastes a vossa família à mesa deste altar, defendei-a sempre com a vossa protecção e velai pelos dons que lhe concedestes.
Por Nosso Senhor.
Dos Sermões de São Bernardino de Sena, presbítero
(Sermo 2, de S. Ioseph: Opera 7, 16.27-30) (Sec. XV)
Guarda fiel e providente
É esta a regra geral de todas as graças singulares concedidas a qualquer criatura racional: quando a divina providência escolhe alguém para uma graça singular ou para um estado elevado, concede à pessoa assim eleita todos os carismas que são necessários ao seu ministério.
Isto verificou-se de forma eminente em São José, pai putativo do Senhor Jesus Cristo e verdadeiro esposo da Rainha do mundo e Senhora dos Anjos, que foi escolhido pelo Eterno Pai para guarda fiel e providente dos seus maiores tesouros: o Filho de Deus e a Virgem Maria. E fidelissimamente desempenhou este ofício; por isso lhe disse o Senhor: Servo bom e fiel, entra na alegria do teu Senhor.
Consideremos São José diante de toda a Igreja de Cristo: não é acaso ele o homem eleito e singular, por meio do qual e sob o qual, de modo ordenado e honesto, se realizou a entrada de Cristo no mundo? Se portanto toda a Santa Igreja é devedora à Virgem Mãe, porque por meio dela recebeu Cristo, assim também, logo a seguir a ela, deve a São José uma singular gratidão e reverência,
Ele é na verdade o termo da Antiga Aliança, nele a dignidade dos Patriarcas e dos Profetas alcança o fruto prometido. Ele é o único que realmente alcançou aquilo que a divina condescendência lhes tinha prometido.
E não devemos duvidar que a intimidade, a reverência e a sublime dignidade que Cristo lhe tributou, enquanto procedeu na terra como filho para com seu pai, decerto também lha não negou no Céu, mas antes a completou e consumou.
Por isso não é sem motivo que o Senhor lhe diz: Entra na alegria do teu Senhor. De facto, apesar de ser a alegria da bem-aventurança eterna que entra no coração do homem, o Senhor prefere dizer-lhe: Entra na alegria, para insinuar misteriosamente que a alegria não está só dentro dele, mas o circunda de todos os lados e o absorve e submerge como abismo sem fim.
Lembrai-vos de nós, São José, e intercedei com as vossas orações junto do vosso Filho; tornai-nos também propícia a Virgem vossa Esposa, que é a Mãe d’Aquele que vive e reina com o Pai e o Espírito Santo pelos séculos sem fim, Amen.
segunda-feira, 14 de março de 2011
domingo, 13 de março de 2011
I Domingo da Quaresma
ORAÇÃO COLECTA
Concedei-nos, Deus omnipotente, que, pela observância quaresmal, alcancemos maior compreensão do mistério de Cristo e a nossa vida seja dele um digno testemunho.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
EVANGELHO Mt 4, 1-11
Jesus jejua durante quarenta dias e é tentado
As tentações de Jesus resumem as tentações de todo o homem. Ao contrário de Adão, Jesus rejeita a tentação, fixando-Se no Pai e na sua palavra. Resistir ao mal, morrer para o pecado, firmando-se na palavra de Deus, é o primeiro passo para participar na Páscoa de Jesus. Quem deseja caminhar para a comunhão com Deus na Páscoa de Jesus, não pode deixar-se encantar, nesse caminho, com as tentações que o Inimigo lhe apresentará.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, a fim de ser tentado pelo Diabo. Jejuou quarenta dias e quarenta noites e, por fim, teve fome. O tentador aproximou-se e disse-lhe: «Se és Filho de Deus, diz a estas pedras que se transformem em pães». Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: ‘Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus’». Então o Diabo conduziu-O à cidade santa, levou-O ao pináculo do templo e disse-Lhe: «Se és Filho de Deus, lança-Te daqui abaixo, pois está escrito: ‘Deus mandará aos seus Anjos que te recebam nas suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra’». Respondeu-lhe Jesus: «Também está escrito: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’». De novo o Diabo O levou consigo a um monte muito alto, mostrou-Lhe todos os reinos do mundo e a sua glória, e disse-Lhe: «Tudo isto Te darei, se, prostrado, me adorares». Respondeu-lhe Jesus: «Vai-te, Satanás, porque está escrito: ‘Adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele prestarás culto’». Então o Diabo deixou-O e aproximaram-se os Anjos e serviram-n'O.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei que a nossa vida, Senhor, corresponda à oferta das nossas mãos, com a qual damos início à celebração do tempo santo da Quaresma. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Saciados com o pão do Céu, que alimenta a fé, confirma a esperança e fortalece a caridade,
nós Vos pedimos, Senhor: ensinai-nos a ter fome de Cristo, o verdadeiro pão da vida,
e a alimentar-nos de toda a palavra que da vossa boca nos vem. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
sexta-feira, 11 de março de 2011
quarta-feira, 9 de março de 2011
Conferências Quaresmais 2011 | Sé Catedral do Porto
A Caridade – 1º fruto do Espírito Santo
D. António Taipa, Bispo Auxiliar do Porto
6 de Abril de 2011
O jejum autêntico edifica o homem novo na verdade e na caridade
D. João Lavrador, Bispo Auxiliar do Porto
13 de Abril de 2011
A oração que agrada a Deus
D. João Miranda, Bispo Auxiliar do Porto
Quarta-feira de Cinzas
A Quaresma é um tempo Litúrgico de conversão, para preparação para a grande festa da Páscoa.Durante este período, somos convidados à Penitência e Meditação.
Na Igreja Matriz teremos a Eucaristia da Imposição das Cinzas pelas 19h;
Na Capela de Nª SRª da Saúde, às 21h.
De todos Vos compadeceis, Senhor,
e amais tudo quanto fizestes;
perdoais aos pecadores arrependidos,
porque sois o Senhor nosso Deus.
Omite-se o acto penitencial, porque é substituído pela imposição das cinzas.
ORAÇÃO COLECTA
Concedei-nos, Senhor, a graça de começar com santo jejum este tempo da Quaresma, para que, no combate contra o espírito do mal, sejamos fortalecidos com o auxílio da temperança. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
EVANGELHO Mt 6, 1-6.16-18
«Teu Pai, que vê no segredo, te dará a recompensa»
O tempo da Quaresma deve ser tempo de prática mais intensa das boas obras, particularmente das chamadas “obras de misericórdia”, sob a forma mais adequada às circunstâncias de cada um; mas, em qualquer caso, tudo há-de sair do coração sincero e penitente e conduzir à renovação, cada ano mais profunda desse mesmo coração, sob o único olhar de Deus. “A discrição é o perfume de todas as virtudes”, diz um Santo.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tende cuidado em não praticar as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. Aliás, não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está nos Céus. Assim, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita, para que a tua esmola fique em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa. Quando rezardes, não sejais como os hipócritas, porque eles gostam de orar de pé, nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando rezares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora a teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a ecompensa. Quando jejuardes, não tomeis um ar sombrio, como os hipócritas, que desfiguram o rosto, para mostrarem aos homens que jejuam. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que os homens não percebam que jejuas, mas apenas o teu Pai, que está presente em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa».
Palavra da salvação.
Bênção das cinzas
Depois da homilia, o sacerdote, de pé, diz com as mãos juntas:
Irmãos caríssimos: Oremos fervorosamente a Deus nosso Pai, para que Se digne abençoar com a abundância da sua graça estas cinzas que vamos impor sobre as nossas cabeças, em sinal de penitência.
E depois de alguns momentos de oração em silêncio, diz a oração seguinte:
Senhor nosso Deus, que Vos compadeceis daquele que se humi¬lha e perdoais àquele que se arrepende, ouvi misericordiosamente as nossas preces e derramai a vossa bênção + sobre os vossos servos que vão receber estas cinzas, para que, fiéis à observância quaresmal, mereçam chegar, de coração purificado, à celebração do mistério pascal do vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
O sacerdote asperge as cinzas com água benta, sem dizer nada.
Imposição das cinzas
Em seguida, o sacerdote impõe as cinzas a todos os presentes que se aproximam dele, dizendo a cada um:
Arrependei-vos e acreditai no Evangelho. Mc 1, 15
Ou cf. Gen 3, 19
Lembra-te, homem, que és pó da terra
e à terra hás-de voltar.
Entretanto, canta-se um cântico apropriado, por exemplo:
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei, Senhor, este sacrifício, com o qual iniciamos solenemente a Quaresma, e fazei que, pela penitência e pela caridade, nos afastemos do caminho do mal, a fim de que, livres de todo o pecado, nos preparemos para celebrar fervorosamente a paixão de Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio da Quaresma III ou IV
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 1, 2-3
Aquele que medita dia e noite na lei do Senhor
dará fruto a seu tempo.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, fazei que este sacramento nos leve a praticar o verdadeiro jejum que seja agradável a vossos olhos e sirva de remédio aos nossos males. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
A bênção e imposição das cinzas pode fazer-se também fora da Missa. Nesse caso, convém que preceda uma liturgia da palavra, utilizando a antífona de entrada, a oração colecta, as leituras e seus cânticos, como na Missa. Depois da homilia, procede-se à bênção e imposição das cinzas. O rito conclui com a oração universal.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
NOSSA SENHORA DE LOURDES | 11 de Fevereiro
Lembramos também, o Dia Mundial do Doente, este ano concentrada particularmente na questão da solidão, seguindo a orientação deixada por Bento XVI na sua mensagem para esta ocasião para que ninguém seja “esquecido ou marginalizado”.
“Se cada homem é nosso irmão, tanto mais o fraco, aquele que sofre e aquele que precisa de cuidados no campo da saúde deve estar no centro da nossa atenção, para que nenhum deles se sinta esquecido ou marginalizado”;
A Vidente é Bernardete Soubirous, de 14 anos, a família era muito pobre, esta jovem sofria de asma e tinha tendência à tuberculose.
Por intermédio desta humilde menina, Maria chamou os pecadores à conversão e despertou na Igreja um intenso movimento de oração e caridade, sobretudo em benefício dos doentes e dos pobres.
ORAÇÃO COLECTA
Vinde em auxílio da nossa fraqueza, Senhor de misericórdia, e concedei que, celebrando a memória da Imaculada Mãe de Deus, sejamos purificados dos nossos pecados. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Liturgia das horas
De uma carta de Santa Maria Bernarda Soubirous, virgem
(Carta ao P. Gondrand, ano 1861: cf. A. Ravier,
Les écrits de Sainte Bernadette, Paris 1961, pp. 53-59)
A Senhora me falou
Um dia em que fui à margem do Gave apanhar lenha com outras duas meninas, ouvi um rumor. Voltei-me para o lado do prado e reparei que não havia a menor agitação no arvoredo. Então levantei a cabeça e olhei para a gruta. Vi uma Senhora vestida de branco: tinha um vestido branco e uma faixa azul à cintura e uma rosa amarela em cada pé, da cor do rosário que trazia.
Ao ver isto, esfreguei os olhos, julgando que me enganava. Meti a mão na algibeira e encontrei o meu rosário. Quis também fazer o sinal da cruz, mas não consegui levar a mão à testa. Quando, porém, aquela Senhora fez o sinal da cruz, tentei fazê-lo também; a mão tremia-me, mas consegui. Comecei então a rezar o rosário: a Senhora ia passando as contas do seu rosário, mas não movia os lábios. Quando acabei o rosário, a visão desvaneceu-se.
Perguntei às outras duas pequenas se tinham visto alguma coisa e elas responderam que não. Queriam que lhes dissesse o que era, e eu então disse-lhes que tinha visto uma Senhora vestida de branco, mas não sabia quem era, e pedi-lhes que não falassem disso a ninguém. Então elas aconselharam-me a não voltar mais àquele lugar; mas eu disse-lhes que não. Ali voltei no Domingo pela segunda vez, porque me senti interiormente chamada...
Só à terceira vez a Senhora me falou. Perguntou-me se queria ir ali durante quinze dias e eu disse-lhe que sim.
Mandou-me dizer aos sacerdotes que fizessem ali uma capela, e depois mandou-me ir beber à fonte. Como não vi nenhuma fonte, fui beber ao Gave. Ela disse-me que não era ali e fez-me sinal com o dedo, indicando-me o lugar onde estava a fonte. Dirigi-me para lá, mas só vi um pouco de água suja; quis encher a mão para beber, mas não consegui nada. Comecei a escavar e daí a pouco já podia tirar um pouco de água. Deitei-a fora por três vezes, mas à quarta já a pude beber. Em seguida a visão desvaneceu-se e eu fui-me embora.
Durante quinze dias voltei lá, e a Senhora apareceu-me todos os dias, excepto uma segunda-feira e uma sexta-feira. Repetiu-me várias vezes que dissesse aos sacerdotes para fazerem ali uma capela. Mandava-me ir lavar à fonte e dizia-me que rezasse pela conversão dos pecadores. Várias vezes lhe perguntei quem era, mas respondia-me apenas com um leve sorriso. Finalmente, erguendo os braços e levantando os olhos ao céu, disse-me que era a Imaculada Conceição.
Durante esses quinze dias, revelou-me três segredos que me proibiu de dizer fosse a quem fosse. Fui fiel até ao presente.
O Santuário de Nossa Senhora de Lourdes, é uma área com várias Igrejas e outras instituições construída em torno da Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, na cidade de Lourdes, França. Este terreno é propriedade administrada pela Igreja, e tem várias funções, incluindo atividades devocionais, escritórios e alojamentos para peregrinos doentes e seus ajudantes. O Santuário inclui a Gruta, torneiras próximas que dispensam a água de Lourdes, e os escritórios do departamento médico de Lourdes, bem como várias Igrejas e Basílicas.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
sábado, 5 de fevereiro de 2011
S. ÁGUEDA, Virgem e Mártir | 5 de Fevereiro
Nota Histórica
Sofreu o martírio em Catânia (Sicília), provavelmente na perseguição de Décio. O seu culto propagou-se desde a antiguidade por toda a Igreja e o seu nome foi inserido no Cânon Romano.
Missa
ORAÇÃO
Concedei-nos, Senhor os dons da vossa misericórdia, por intercessão de Santa Águeda, que soube agradar-Vos pela consagração da sua virgindade e pela coragem no seu martírio. Por Nosso Senhor.
Liturgia das horas
Do sermão de São Metódio da Sicília, bispo,
sobre Santa Águeda
(Analecta Bollandiana 68, 76-78) (Sec. IX)
Dom que nos foi concedido por Deus, fonte mesma da bondade
A comemoração do aniversário da santa mártir juntou-nos a todos neste lugar, como sabeis, para celebrar a luta gloriosa desta mártir antiga e ao mesmo tempo tão próxima que nos parece agora mesmo estar combatendo e vencendo através dos divinos milagres com os quais diariamente é coroada e ornada.
É uma virgem, porque nasceu do Verbo de Deus imortal (que também por mim sofreu a morte na carne) e Filho indiviso de Deus, como diz João, o teólogo: A quantos O receberam, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.
É uma virgem esta mulher que nos convidou para o sagrado banquete; é a mulher desposada com um único esposo, Cristo, para usar o mesmo simbolismo nupcial de que falava o apóstolo Paulo.
É uma virgem que pintava e enfeitava os olhos e os lábios com a luz da consciência e a cor do sangue do verdadeiro e divino Cordeiro; e pela meditação contínua trazia sempre em si a morte d’Aquele que tanto a amava.
Deste modo, a mística veste da sua confissão é um testemunho que fala por si mesmo a todas as gerações futuras, porque leva em si a marca indelével do Sangue de Cristo e o tesouro inexaurível da sua eloquência virginal.
Ela é uma imagem autêntica da bondade, porque sendo de Deus, vem da parte do seu Esposo a tornar-nos participantes daqueles bens de que o seu nome leva o valor e o sentido: Águeda [quer dizer «boa»] é um dom que nos foi concedido por Deus, a própria fonte da bondade.
Qual é a causa suprema de toda a bondade senão Aquele que é o sumo bem? Por isso, quem encontrará qualquer coisa que mereça, como Águeda, os nossos elogios e louvores?
Águeda, cuja bondade corresponde tão bem ao nome e à realidade; Águeda, que pela sua magnífica gesta leva consigo um nome glorioso, e no próprio nome mostra a gesta gloriosa que realizou; Águeda, que com o nome nos atrai, a fim de que todos venham ao seu encontro, e com o exemplo nos ensina, a fim de que todos se encaminhem sem demora para o verdadeiro bem, que é Deus somente.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
S. BRÁS, Bispo e Mártir | 3 de Fevereiro
Nota Histórica
Foi bispo de Sebaste (Arménia) no século IV. Na Idade Média o seu culto propagou-se por toda a Igreja.
Missa
ORAÇÃO
Escutai, Senhor, o vosso povo suplicante e, pela intercessão do mártir São Brás, concedei-nos a paz na vida presente e a felicidade na vida eterna. Por Nosso Senhor.
Liturgia das horas
Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo
(Sermão Guelferbitano 32, De ordinatione episcopi:
PLS 2, 639-640) (Sec. V)
Sacrifica-te pelas minhas ovelhas
O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção de muitos. Eis como o Senhor Se fez servo, eis como nos ensinou a servir. Deu a vida pela redenção de muitos: redimiu-nos.
Qual de nós pode redimir alguém? Foi pelo seu sangue que fomos redimidos, foi pela sua morte que fomos resgatados da morte; estávamos caídos, e pela sua humildade fomos levantados da nossa prostração. Mas também nós devemos contribuir com a nossa pequena parte para ajudar os seus membros, porque nos tornámos membros d’Ele: Ele é a cabeça, nós o corpo.
Também o apóstolo João nos exorta na sua carta a que sigamos o exemplo do Senhor, que disse: Aquele que quiser ser grande no meio de vós será vosso servo, do mesmo modo que o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção de muitos; por isso o Apóstolo nos exorta a imitar o seu exemplo, com estas palavras: Cristo deu a sua vida por nós; assim também nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos.
O próprio Senhor, falando depois da ressurreição, perguntou: Pedro, amas-Me? Ele respondeu: Amo-Te. Por três vezes o Senhor lhe fez a pergunta, três vezes ele Lhe respondeu; e todas três o Senhor disse: Apascenta as minhas ovelhas.
Como podes mostrar que Me amas, senão apascentando as minhas ovelhas? Que é que Me podes dar com o teu amor, se tudo recebes de Mim? Se Me amas, o que hás-de fazer é isto: Apascenta as minhas ovelhas.
Uma, duas e três vezes: Amas-me? Amo. Apascenta as minhas ovelhas. Três vezes O negara por medo; três vezes O confessou por amor.
E depois, tendo recomendado pela terceira vez as suas ovelhas a Pedro, que respondia confessando o seu amor e ao mesmo tempo dominava e repudiava o medo antigo, o Senhor acrescentou em seguida: Quando eras novo, tu mesmo te cingias e andavas por onde querias; mas quando fores velho, outro te cingirá e te levará para onde não queres. Disse estas palavras para indicar com que morte havia de glorificar a Deus. Anunciou a Pedro a sua cruz, predisse-lhe a sua paixão.
E a terminar, o Senhor disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas, isto é, sacrifica-te pelas minhas ovelhas.
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Apresentação do Senhor - Nª SRª das Candeias | 2 de Fevereiro
Quarenta dias após o nascimento de Jesus, em obediência à lei de Moisés (Ex. 13, 11-13), Maria leva o Menino ao templo, a fim de ser oferecido ao Senhor. Toda a oferta implica uma renúncia. Por isso, a Apresentação do Senhor não é um mistério gozoso, mas doloroso. Começa, nesse dia, o mistério de sofrimento, que atingirá o seu ponto culminante no Calvário, quando Jesus, que não foi «poupado» pelo Pai, oferecer o Seu Sangue como sinal da nova e definitiva Aliança. Ao oferecer Jesus, Maria oferece-Se também com Ele. Durante toda a vida de Jesus, estará sempre ao lado do Filho, dando a Sua colaboração para a obra da Redenção.
O gesto de Maria, que «oferece», traduz-se em gesto litúrgico, quando ao celebrarmos a Eucaristia, oferecemos «os frutos da terra e do trabalho do homem», símbolo da nossa vida.
Antes da Missa, está prevista no Missal a procissão das velas, acesas em honra de Cristo que vem como luz das nações, e ao encontro de quem a Igreja caminha guiada já por essa mesma luz.
Deus eterno e omnipotente, humildemente Vos suplicamos que, assim como o vosso Filho Unigénito foi neste dia apresentado no templo, revestido da natureza humana, assim também, de alma purificada, nos apresentemos diante de Vós.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Os meus olhos viram a vossa salvação»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
«Todo o filho primogénito varão será consagrado ao Senhor», e para oferecerem em sacrifício um par de rolas ou duas pombinhas, como se diz na Lei do Senhor.
Vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão, homem justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava nele.
O Espírito Santo revelara-lhe que não morreria antes de ver o Messias do Senhor; e veio ao templo, movido pelo Espírito. Quando os pais de Jesus trouxeram o Menino para cumprirem as prescrições da Lei no que lhes dizia respeito, Simeão recebeu-O em seus braços e bendisse a Deus, exclamando:
«Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo, porque os meus olhos viram a vossa salvação, que pusestes ao alcance de todos os povos: luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo». O pai e a mãe do Menino Jesus estavam admirados
com o que d’Ele se dizia. Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua Mãe: «Este Menino foi estabelecido para que muitos caiam ou se levantem em Israel e para ser sinal de contradição; – e uma espada trespassará a tua alma – assim se revelarão os pensamentos de todos os corações». Havia também uma profetiza, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada e tinha vivido casada sete anos após o tempo de donzela e viúva até aos oitenta e quatro.
Não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia, com jejuns e orações.
Estando presente na mesma ocasião, começou também a louvar a Deus e a falar acerca do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Cumpridas todas as prescrições da Lei do Senhor, voltaram para a Galileia, para a sua cidade de Nazaré.
Entretanto, o Menino crescia e tornava-Se robusto, enchendo-Se de sabedoria. E a graça de Deus estava com Ele.
Palavra da salvação.
Senhor, que na vossa bondade quisestes que o vosso Filho Unigénito Se oferecesse a Vós como Cordeiro sem mancha pela vida do mundo, fazei que Vos seja agradável a oblação da vossa Igreja em festa.
Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Lc 2, 30-31
Os meus olhos viram a salvação
que oferecestes a todos os povos.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus de bondade, que respondestes à esperança do santo Simeão,
confirmai em nós a obra da vossa graça: assim como lhe destes a alegria de receber em seus braços, antes de morrer, a Cristo vosso Filho, concedei que também nós, fortalecidos por estes sacramentos, caminhemos ao encontro do Senhor e alcancemos a vida eterna.
Por Nosso Senhor.
Liturgia das horas
Dos Sermões de São Sofrónio, bispo
(Orat. 3 de Hypapante, 6-7: PG 87, 3, 3291-3293) (Sec. VII)
Recebamos a luz clara e eterna
Todos nós que celebramos e veneramos com tanta piedade o mistério do Encontro do Senhor, corramos para Ele com todo o fervor do nosso espírito. Ninguém deixe de participar neste Encontro, ninguém se recuse a levar a sua luz.
Levemos em nossas mãos o brilho das velas, para significar o esplendor divino d’Aquele que Se aproxima e ilumina todas as coisas, dissipando as trevas do mal com a sua luz eterna, e também para manifestar o esplendor da alma, com o qual devemos correr ao encontro de Cristo.
Assim como a Virgem Mãe de Deus levou ao colo a luz verdadeira e a comunicou àqueles que jaziam nas trevas, assim também nós, iluminados pelo seu fulgor e trazendo na mão uma luz que brilha diante de todos, devemos acorrer pressurosos ao encontro d’Aquele que é a verdadeira luz.
Na verdade a luz veio ao mundo e, dispersando as trevas que o envolviam, encheu-o de esplendor; visitou-nos do alto o Sol nascente e derramou a sua luz sobre os que se encontravam nas trevas: este é o significado do mistério que hoje celebramos. Caminhemos empunhando as lâmpadas, acorramos trazendo as luzes, não só para indicar que a luz refulge já em nós, mas também para anunciar o esplendor maior que dela nos há-de vir. Por isso, vamos todos juntos, corramos ao encontro de Deus.
Eis que veio a luz verdadeira, que ilumina todo o homem que vem a este mundo. Todos nós, portanto, irmãos, deixemo-nos iluminar, para que brilhe em nós esta luz verdadeira.
Nenhum fique excluído deste esplendor, nenhum persista em continuar imerso na noite, mas avancemos todos resplandecentes; iluminados por este fulgor, vamos todos juntos ao seu encontro e com o velho Simeão recebamos a luz clara é eterna; associemo-nos à sua alegria e cantemos com ele um hino de acção de graças ao Pai da luz, que enviou a luz verdadeira e, afastando todas as trevas, nos fez participantes do seu esplendor.
A salvação de Deus, com efeito, preparada diante de todos os povos, manifestou a glória que nos pertence a nós, que somos o novo Israel; e nós próprios, graças a Ele, vimos essa salvação e fomos absolvidos da antiga e tenebrosa culpa, tal como Simeão, depois de ver a Cristo, foi libertado dos laços da vida presente.
Também nós, abraçando pela fé a Cristo Jesus que vem de Belém, nos convertemos de pagãos em povo de Deus (Jesus é com efeito a Salvação de Deus Pai) e vemos com os nossos próprios olhos Deus feito carne; e porque vimos a presença de Deus e a recebemos, por assim dizer, nos braços do nosso espírito, nos chamamos novo Israel. Com esta festa celebramos cada ano de novo essa presença, que nunca esquecemos.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Visita Pastoral de D. Manuel Clemente a Valongo
(Clicar imagem abaixo)
Câmara Municipal atribuiu Medalha de Honra ao Bispo do Porto
sábado, 22 de janeiro de 2011
S. VICENTE, diácono e mártir | 22 de Janeiro
Vicente, diácono da Igreja de Saragoça, morreu mártir em Valência (Espanha) durante a perseguição de Diocleciano, depois de sofrer cruéis tormentos. O seu culto logo se propagou por toda a Igreja.
Missa
ORAÇÃO
Deus eterno e omnipotente, infundi em nós o vosso Espírito, para que os nossos corações sejam fortalecidos por aquele amor que ajudou São Vicente a suportar o martírio. Por Nosso Senhor.
Liturgia das horas
Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo
(Sermão 276.1-2: PL 38, 1256) (Sec. V)
Vicente venceu onde o mundo foi vencido
A vós foi concedida a graça, não só de acreditardes em Cristo, mas também de sofrerdes por Ele.
Um e outro dom recebera o levita Vicente; recebera-os e guardara-os. Se os não tivesse recebido, como os guardaria? Tinha confiança na palavra, tinha coragem no sofrimento.
Ninguém se envaideça da sua força interior, quando fala; ninguém confie nas suas forças, quando sofre a tentação; porque, se falamos bem e com prudência, é d’Ele que vem a nossa sabedoria; e se suportamos os males com coragem, é d’Ele que vem a nossa força.
Recordai-vos de Cristo Senhor no Evangelho, exortando os seus; recordai-vos do Rei dos mártires, instruindo nas armas espirituais os seus exércitos, exortando-os para a guerra, fornecendo-lhes auxílio, prometendo a recompensa. Ele, que disse aos seus discípulos: Neste mundo haveis de sofrer, logo os consolou, ao vê-los assustados: Não temais; Eu venci o mundo.
Como nos admiraremos então, caríssimos, que Vicente tenha vencido n’Aquele que venceu o mundo? Neste mundo haveis de sofrer, diz o Senhor: o mundo persegue, mas não triunfa; ataca, mas não vence. O mundo conduz uma dupla batalha contra os soldados de Cristo: lisonjeia-os para os enganar, aterroriza-os para os quebrar. Não nos preocupe o nosso bem-estar, não nos assuste a crueldade alheia, e vencido está o mundo.
A ambas as brechas acorre Cristo, e o cristão não é vencido. Se neste martírio se considera a capacidade humana de o suportar, o facto torna-se incompreensível; mas se se reconhece o poder divino, nada tem de espantoso.
Era tanta a crueldade que afligia o corpo do mártir e tanta a tranquilidade que transparecia na sua voz, era tanta a dureza com que eram maltratados os seus membros e tão grande a segurança que ressoava nas suas palavras, que poderia parecer que, de algum modo maravilhoso, enquanto Vicente suportava o martírio, fosse torturada uma pessoa diferente da que falava.
E era realmente assim, irmãos, era mesmo assim: era outro que falava. Também isto o prometeu Cristo, no Evangelho, às suas testemunhas, quando as preparava para o combate. Na verdade, assim falou: Não vos preocupeis com o que haveis de dizer. Não sois vós que falais, mas o Espírito do vosso Pai que fala em vós.
Portanto, a carne era torturada e o Espírito falava: e enquanto o Espírito falava, não só era vencida a impiedade, mas também era confortada a fraqueza.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
S. SEBASTIÃO, mártir | 20 de Janeiro
Foi martirizado em Roma no começo da perseguição de Diocleciano. O seu sepulcro, na Via Ápia «ad Catacumbas», foi venerado pelos fiéis desde a mais remota antiguidade.
Missa
ORAÇÃO
Concedei-nos, Senhor, o espírito de fortaleza, para que, a exemplo do vosso mártir São Sebastião, aprendamos a obedecer antes a Vós que aos homens. Por Nosso Senhor.
Liturgia das horas
Da Exposição de Santo Ambrósio, bispo, sobre o Salmo 118
(Cap. 20, 43-45.48: CSEL 62, 466-468) (Sec. IV)
Testemunha fiel de Cristo
É necessário passar por muitas tribulações para entrar no reino de Deus. A muitas perseguições correspondem muitas provações: onde há muitas coroas de vitória tem de ter havido muitos combates. É bom para ti que haja muitos perseguidores, pois entre tantas perseguições mais facilmente encontrarás o modo de ser coroado.
Consideremos o exemplo do mártir Sebastião, que hoje celebramos.
Nasceu em Milão. Talvez o perseguidor já se tivesse afastado, ou talvez ainda não tivesse vindo a este lugar, ou seria mais condescendente. De qualquer modo, Sebastião compreendeu que aqui, ou não haveria luta, ou ela seria insignificante.
Partiu para Roma, onde grassavam severas perseguições por causa da fé; aí foi martirizado, isto é, aí foi coroado. Deste modo, ali onde tinha chegado como hóspede, encontrou a morada da imortalidade eterna. Se não houvesse mais que um perseguidor, talvez este mártir não tivesse sido coroado.
Mas o pior é que os perseguidores não são só aqueles que se vêem: há também os que não se vêem, e estes são muito mais numerosos.
Assim como um único rei perseguidor emitia muitos decretos de perseguição, e desse modo havia diversos perseguidores em cada uma das cidades ou das províncias, também o diabo envia muitos servos seus a mover perseguições, não apenas no exterior, mas dentro da alma de cada um.
Destas perseguições foi dito: Todos os que querem viver piedosamente em Cristo Jesus sofrem perseguição. E disse ‘todos’, não excluiu nenhum. Quem poderia na verdade ser exceptuado, quando o próprio Senhor suportou os tormentos das perseguições?
Quantos há que, em segredo, todos os dias são mártires de Cristo e dão testemunho do Senhor Jesus! Conheceu esse martírio aquele apóstolo e testemunha fiel de Cristo, que disse: Esta é a nossa glória e o testemunho da nossa consciência.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Santo ANTÃO, Abade | 17 de Janeiro
Este insigne pai do monaquismo nasceu no Egipto cerca do ano 250. Depois da morte de seus pais, distribuiu os seus haveres pelos pobres e retirou-se para o deserto, onde começou a sua vida de penitente. Teve numerosos discípulos e trabalhou em defesa da Igreja, animando os confessores na perseguição de Diocleciano e apoiando S. Atanásio na luta contra os arianos. Morreu no ano 356.
Missa
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 91, 13-14
O justo florescerá como a palmeira,
crescerá como o cedro do Líbano:
plantado na casa do Senhor,
florescerá nos átrios do nosso Deus.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que destes a Santo Antão a graça de viver uma vida heróica na solidão do deserto, concedei-nos, por sua intercessão, que, renunciando a nós mesmos, Vos amemos sempre sobre todas as coisas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, os dons que colocamos sobre o vosso altar
na festa de Santo Antão e fazei que, libertos das coisas da
terra, encontremos em Vós a nossa única riqueza. Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 19, 21
Se queres ser perfeito, diz o Senhor,
vai vender tudo o que tens, dá aos pobres e segue-Me.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que destes a Santo Antão a vitória sobre o poder das trevas, fazei que também nós, fortalecidos com este sacramento de salvação, possamos vencer todas as ciladas do inimigo. Por Nosso Senhor.
Liturgia das horas
Da Vida de Santo Antão, escrita por Santo Atanásio, bispo
(Cap. 2-4: PG, 26, 842-846) (Sec. IV)
A vocação de Santo Antão
Depois da morte de seus pais, tendo ficado com uma irmã ainda pequena, Antão, que tinha uns dezoito ou vinte anos, tomou conta da casa e da irmã.
Não tinham passado ainda seis meses do falecimento de seus pais, quando um dia em que se dirigia, segundo o seu costume, para a igreja, ia reflectindo sobre a razão que levara os Apóstolos a abandonar tudo para seguir o Salvador e por que motivo também aqueles homens de que se fala nos Actos dos Apóstolos vendiam tudo o que possuíam e depunham o preço aos pés dos Apóstolos para que o distribuíssem aos pobres; e ia pensando na grande e maravilhosa esperança que lhes estava reservada nos Céus. Meditando nestas coisas, entrou na igreja mesmo no momento em que se lia o Evangelho e ouviu o que o Senhor disse ao jovem rico: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres. Depois vem e segue-me, e terás um tesouro nos Céus.
Então, considerando que a recordação dos santos exemplos lhe tinha sido enviada por Deus e que aquelas palavras eram dirigidas pessoalmente para ele, logo que voltou da Igreja, Antão distribuiu pelos habitantes da região as propriedades que herdara da família (possuía trezentos campos muito férteis e amenos), para que aquelas não fossem motivo de inquietação para si e para a sua irmã. Vendeu também todos os móveis e distribuiu pelos pobres a grande quantia que assim obtivera, conservando apenas uma pequena parte por causa da irmã.
Tendo entrado outra vez na igreja, ouviu o Senhor dizer no Evangelho: Não vos inquieteis com o dia de amanhã. Não conseguiu permanecer ali mais tempo. Saiu, e até aquele pouco que guardara distribuiu pelos pobres. Confiou a irmã a uma comunidade de virgens consagradas que conhecia e considerava fiéis, para que fosse educada no Pártenon. Quanto a ele, livre já de cuidados alheios, entregou-se a uma vida de ascese e rigorosa mortificação nas imediações da sua casa.
Trabalhava com as suas mãos, pois ouvira a palavra da Escritura: Quem não quiser trabalhar não coma. Do fruto do seu trabalho destinava uma parte para comprar o pão que comia; o resto distribuía-o pelos pobres.
Rezava constantemente, pois aprendera que é preciso rezar interiormente sem cessar; era tão atento à leitura que nada lhe esquecia do que tinha lido na Escritura: tudo retinha de tal maneira que a sua memória acabou por substituir o livro.
Todos os habitantes do lugar e os homens honrados que tratavam com ele, vendo um homem assim, chamavam-lhe amigo de Deus; e uns amavam-no como filho, outros como irmão.