SÃO MAMEDE
São Mamede ou Mamas, viveu na Capadócia, perto de Cesareia, hoje Kayseri. Estes dados históricos são-nos atestados por dois documentos que relatam a sua condição de mártir e de humilde pastor, bem como nos fazem supor, ao mesmo tempo, o seu culto, a sua reputação e destino extraordinários. Trata-se de duas homilias compostas por alguns anos de intervalo. A primeira homilia de São Basílio, o Grande, (+ 1.º Janeiro de 379), precisamente Bispo de Cesareia entre 370-379. É um panegírico pronunciado na basílica local, Macellum, dedicada ao mártir em 345, e é um elogio que específica a sua condição de pastor, a sua pobreza, a sua grande fé coroada pelo martírio. A segunda homilia de São Gregório do Nazianzo, o Teólogo, amigo de Basílio, (* 330- + 390), datada, comummente, de 16 Abril de 383, primeiro domingo após a Páscoa, ou domingo novo, onde ele explica o significado da alusão, porque termina evocando o mártir, celebrado no mesmo dia, sublinhando que ele tratava dos bichos. Homilia pronunciada num santuário dedicado ao seu culto perto de Nazianzo, cidade a oeste de Cesareia.
Nem uma nem outra falam das origens familiares de São Mamede, da sua idade, quando foi martirizado, da época e do género do seu martírio. A tradição retórica
não quis deixar de colocar juventude e suplícios vários que a tradição escrita transmitirá solidamente. O martírio remonta à perseguição de Diocleciano que teve inícios em 303. Situação vivida heroicamente por muitos antepassados que se refugiavam nas florestas. A imaginação dos peregrinos dificilmente se contentaria com os dados sólidos acima apresentados, contudo pobres. Assim foi-se criando a Lenda do Santo, que nos transmitem mais episódios da sua Vita (Passio) e que, difundidos, inspiraram grande quantidade de obras de arte: igrejas, imagens, pinturas, tapeçarias, escritos, etc. A lenda apresenta-o como órfão de pai ao seu nascimento. Os seus pais, Teódato e Rufina, morreram na prisão pela fé cristã. É entregue aos cuidados de Ammia, ama de leite. A perseguição chegou entretanto. Ainda adolescente, dedica-se às obras de misericórdia, exorta os seus companheiros a não caírem e a não observarem as prescrições idolátricas e a permanecerem firmes na fé. É preso e levado a comparecer diante do Imperador Aureliano. É ameaçado. Os diversos suplícios que lhe infligem tornam-no inquebrantável.
Sobre o monte Argée, onde a mão de Deus o conduziu, ele leva uma existência de pastor eremita, evangelizando as bestas selvagens, que lhe oferecem o leite com o qual prepara queijos para socorrer os pobres. É preso novamente, colocado numa fornalha ardente e exposto às bestas mais ferozes; quiseram mesmo lapida-lo. De tudo saiu são e salvo. O perfeito Alexandre fê-lo esventrar com um tridente. Chamado por uma voz do céu, ele encontra-se já na casa do Senhor.
Cf. Paul Viard. Cónego de Langres. Dictionnaire Catholicisme. Tomo VIII .º, coluna 287-290
Nem uma nem outra falam das origens familiares de São Mamede, da sua idade, quando foi martirizado, da época e do género do seu martírio. A tradição retórica
não quis deixar de colocar juventude e suplícios vários que a tradição escrita transmitirá solidamente. O martírio remonta à perseguição de Diocleciano que teve inícios em 303. Situação vivida heroicamente por muitos antepassados que se refugiavam nas florestas. A imaginação dos peregrinos dificilmente se contentaria com os dados sólidos acima apresentados, contudo pobres. Assim foi-se criando a Lenda do Santo, que nos transmitem mais episódios da sua Vita (Passio) e que, difundidos, inspiraram grande quantidade de obras de arte: igrejas, imagens, pinturas, tapeçarias, escritos, etc. A lenda apresenta-o como órfão de pai ao seu nascimento. Os seus pais, Teódato e Rufina, morreram na prisão pela fé cristã. É entregue aos cuidados de Ammia, ama de leite. A perseguição chegou entretanto. Ainda adolescente, dedica-se às obras de misericórdia, exorta os seus companheiros a não caírem e a não observarem as prescrições idolátricas e a permanecerem firmes na fé. É preso e levado a comparecer diante do Imperador Aureliano. É ameaçado. Os diversos suplícios que lhe infligem tornam-no inquebrantável.
Sobre o monte Argée, onde a mão de Deus o conduziu, ele leva uma existência de pastor eremita, evangelizando as bestas selvagens, que lhe oferecem o leite com o qual prepara queijos para socorrer os pobres. É preso novamente, colocado numa fornalha ardente e exposto às bestas mais ferozes; quiseram mesmo lapida-lo. De tudo saiu são e salvo. O perfeito Alexandre fê-lo esventrar com um tridente. Chamado por uma voz do céu, ele encontra-se já na casa do Senhor.
Cf. Paul Viard. Cónego de Langres. Dictionnaire Catholicisme. Tomo VIII .º, coluna 287-290
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